Primeiro Boeing 777 cargueiro com tecnologia inspirada em tubarões entra em serviço

Película inspirada na pele dos tubarões pode reduzir em até 4 mil toneladas métricas consumo de querosene

Por Wesley Lichmann Publicado em 06/02/2023, às 11h01

Boeing 777-200F matrícula D-ALFA foi a primeira aeronave da Lufthansa Cargo a receber a película - Divulgação

O primeiro Boeing 777-200F modificado com nervuras com cerca de 50 micrômetros de tamanho, conhecidas como riblets, inspiradas na pele dos tubarões entrou em serviço pela Lufthansa Cargo.

A modificação chamada de AeroShark foi desenvolvida em conjunto pela Lufthansa Technik, e a BASF, que criaram uma superfície que reduz o arrasto em voo, proporcionando economias de combustível e emissões da ordem de um por cento, segundo os desenvolvedores.

A primeira aeronave cargueira modificada com o AeroShark foi o 777-200F, matrícula D-ALFA, decolou na sexta-feira (3), de Frankfurt para Bangalore, na Índia, de onde seguiu para Chengdu, na China.

Com a implementação da tecnologia em toda a frota de 777 da Lufthansa Cargo, a empresa estima uma economia anual de mais de 4 mil toneladas métricas de querosene e quase 13 mil toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2).

Ao todo, onze aeronaves ‘Triplo Sete’ da Lufthansa Cargo receberão a nova película, além de doze Boeing 777-300ER da Swiss, que foi a primeira empresa a utilizar a tecnologia.

A Lufthansa Technik e a BASF também pretendem desenvolver sistematicamente o AeroShark para outros tipos de aeronaves, e apoiar ainda mais as companhias aéreas em todo o mundo a atingir suas metas de emissões. Nos cálculos iniciais do modelo, a tecnologia em seu estágio máximo de expansão poderia até evitar emissões de CO 2 da ordem de até três por cento.

"Estamos orgulhosos de poder operar toda a nossa frota de cargueiros com ainda mais eficiência no futuro, graças à tecnologia de pele de tubarão e reduzir ainda mais a pegada de carbono de nossa frota moderna. Nossos investimentos para a introdução do AeroShark nos aproximam de nosso objetivo de sermos 100% de CO2 neutro no ar até 2050, no solo gostaríamos de atingir essa meta já em 2030", comenta Dorothea von Boxberg, presidente do conselho executivo e CEO da Lufthansa Cargo.

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