Tim Clark classificou o caso como 'delinquente' e 'irresponsável'
Marcel Cardoso Publicado em 19/01/2022, às 14h25 - Atualizado às 14h32
Companhia aérea foi a mais afetada pelas restrições de pousos impostas pelos EUA | Foto: Divulgação.
Em entrevista à rede de TV norte-americana CNN, o presidente da Emirates, Tim Clark, informou que a companhia somente foi informada sobre alguns dos problemas envolvendo a interferência do 5G na manhã de terça-feira (18), menos de 24 horas antes das restrições aos pousos em dezenas de aeroportos norte-americanos entrarem em vigor.
Clark classificou a situação como "uma das mais delinquentes e totalmente irresponsáveis" que ele viu em sua carreira de 50 anos na aviação. A companhia é a maior operadora do Boeing 777 no mundo, sendo a mais afetada pelas restrições impostas pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e pela própria fabricante, que determinou a suspensão das operações do modelo nos aeroportos afetados.
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A Emirates cancelou voos para nove destinos por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (19). Outras quatro companhias aéreas cancelaram ou tiveram de trocar de aeronaves para manter suas operações nos principais terminais norte-americanos. No Brasil, a Latam Airlines substituiu o Boeing 777-300ER nos voos entre São Paulo (GRU) para Miami (MIA) e Nova York (JFK) pelo 787-9 e pelo 767-300ER, respectivamente.
Devido aos crescentes transtornos, as duas maiores operadoras do 5G dos Estados Unidos, a AT&T e a Verizon, restringiram a implantação da tecnologia no entorno dos aeroportos norte-americanos até que haja uma definição sobre o assunto.