Força Aérea Portuguesa escolhe o KC-390 como substituto do veterano C-130H e se torna o primeiro cliente internacional do modelo
Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação Publicado em 11/07/2019, às 17h00 - Atualizado em 12/07/2019, às 13h54
O Governo de Portugal confirmou a aquisição de cinco KC-390 para a força aérea portuguesa, devendo substituir assim os veteranos C-130H Hercules. O Ministério da Defesa nacional recebeu a autorização para utilizar o orçamento extra de € 827 milhões, na compra dos novos aviões. A expectativa é que o primeiro avião seja entregue em fevereiro de 2023, com um ritmo de uma entrega por ano, com o último avião chegando no início de 2027.
A encomenda portuguesa era tida como uma importante conquista para o programa KC-390, que tem em Portugal um parceiro estratégico no projeto. Partes substanciais da aeronave são produzidas pela OGMA, como fuselagem central e profundores, assim como pela Embraer em Évora, que fabrica o revestimento das asas e os estabilizadores horizontais.
Entre 2012 e 2017 o governo português investiu aproximadamente € 50 milhões no programa de desenvolvimento do KC-390, tendo ainda participado, através da força aérea, nas especificações do projeto.
A expectativa é que os C-130H em uso pela Força Aérea Portuguesa sejam modernizados, recebendo novos sistemas de navegação e comunicação, com objetivo de mantê-los operacionais até a entrega dos novos KC-390. Além disso, a previsão é depois utilizar os veteranos turbo-hélices em missões exclusivas de combate a incêndio, expandido a capacidade do país nesse tipo de atividade. Portugal está entre as nações que mais sofre anualmente com incêndios florestais.
Inicialmente, a força aérea esperava atingir a Capacidade Operacional Inicial (IOC, na sigla em inglês) com o novo avião até o final de 2021, mas as negociações entre o Governo Português e a Embraer se prolongaram mais do que o esperado, postergando o cronograma inicial.
Por ora, Portugal não possui planos para a encomenda de um segundo lote de KC-390, visto que as restrições orçamentárias do país e sua baixa necessidade de transporte tático são cobertas com apenas cinco aeronaves.