Penas e sangue de pássaros são encontrados em motores de Boeing 737 acidentado

Investigadores encontraram penas e sangue de pássaros nos dois motores do Boeing 737-800 da Jeju Air acidentado na Coreia do Sul

Por Marcel Cardoso Publicado em 17/01/2025, às 08h40

O acidente, ocorrido em 29 de dezembro, deixou 179 mortos e apenas dois sobreviventes - Agência Yonhap

Autoridades da Coreia do Sul identificaram penas de pássaros e vestígios de sangue nos dois motores do Boeing 737-800 da Jeju Air que caiu em 29 de dezembro, resultando na morte de 179 das 181 pessoas a bordo.

Na última quinta-feira (16), investigadores locais confirmaram a descoberta de penas em um dos motores recuperados do local do acidente. O Conselho de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do país asiático relatou que penas também foram encontradas no outro motor.

De acordo com a Agência Nacional de Recursos Biológicos da Coreia do Sul (NBRA), responsável pelas análises, “penas foram encontradas em ambos os motores”, e um total de dezessete amostras, incluindo penas e manchas de sangue, foram avaliadas.

Os investigadores estão analisando fatores como colisão com pássaros, falha no trem de pouso e problemas estruturais na barreira da pista. O Ministério de Terras, Infraestrutura e Transporte sul-coreano disse que as colisões com pássaros são uma causa provável do acidente, com base nas evidências disponíveis.

Confirmamos que houve uma colisão com pássaros”, disse Lee Seung-yeol, chefe da Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários (Araic), em declaração ao veículo local NToday. “Encontramos algumas penas durante o processo de escavação do solo que entrou no motor. Planejamos investigar qual é a espécie de pássaro e como ele entrou, examinando o interior do motor.”

O gravador de dados de voo (FDR) e o gravador de voz da cabine (CVR) capturaram dados até cerca de quatro minutos antes da colisão com um barranco no aeroporto. As gravações da caixa-preta pararam de funcionar às 8h59, e o acidente ocorreu às 9h03.

Após as descobertas iniciais da investigação, foi iniciada uma revisão das estruturas de instalação de auxílios ao pouso em aeroportos de todo o país. Dos quatorze examinados até agora, sete possuem estruturas de concreto semelhantes às envolvidas no acidente.

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