Passageiros mal comportados podem ser banidos da aviação comercial

Acordo entre companhias aéreas da Europa compartilhará mutuamente dados de passageiros mal comportados

Marcel Cardoso Publicado em 04/10/2022, às 07h57

Acordo poderá ter impacto em todo o setor aéreo do velho continente - Divulgação

Um acordo entre as companhias aéreas KLM e Transavia, do grupo Air France-KLM, poderá dar início a uma cruzada que poderá banir passageiros com histórico de mau comportamento em voos por, pelo menos, cinco anos.

Desde a última quinta-feira (29), as duas empresas estão compartilhando dados de pessoas com esta característica e aplicarão sanções mútuas, em caso de incidentes. Apesar das companhias envolvidas serem do mesmo grupo, a complexidade para o processo chegou a esbarrar nas regulações dos países onde elas atuam. A Transavia, além da base na Holanda, possui instalações na França.

O acordo deixa também claro que o intuito do acordo é proteger o setor aéreo como um todo. “Estender uma proibição da Transavia à KLM e vice-versa amplia o escopo da medida de exclusão aérea. Isso significa que os passageiros dos voos da KLM ou da Transavia que são colocados na lista de banidos são menos propensos a comprometer a segurança de voo em voos operados pelas outras companhias aéreas”, afirmou a KLM em comunicado à imprensa.

O intuito do acordo é estender a área de atuação das medidas de restrição para toda a Europa. Foi também exposta a necessidade de melhorias na legislação aplicada pelos países para dar mais rigor ao combate a este tipo de situação. “A questão do comportamento inaceitável dos passageiros transcende as companhias aéreas e as fronteiras nacionais e é fundamental para melhorar a segurança no ar”, concluiu a companhia aérea holandesa.

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