Pandemia mantém mais de 8 mil aviões fora de serviço em todo o mundo

Cenário atual é melhor que o visto durante o ano passado, mas normalização ainda está longe de ocorrer

Por Edmundo Ubiratan Publicado em 07/04/2021, às 11h50 - Atualizado às 13h11

Mesmo com melhora no número de voos, mais de oito mil aeronaves comerciais continuam fora de serviço

Atualmente mais de 8.000 aviões comerciais encontram-se fora de serviço em todo o mundo, um dos melhores resultados dos últimos doze meses. Com o fechamento de fronteiras e o cancelamento em massa de voos, as empresas aéreas passaram a estocar suas aeronaves enquanto aguardavam a retomada do mercado.

Ainda que o total de aviões fora de serviço seja um dos maiores de toda a história do transporte aéreo, o resultado é praticamente a metade do auge da crise, quando em 6 de abril de 2020 haviam 16.522 aeronaves paradas.

Os dados foram coletados pela agência de análise e inteligência de aviação Cirium, que acompanha o desempenho do transporte aéreo em todo o mundo.

Um ano depois do pico de cancelamentos de voos e cortes nas programações de voos, 8.434 aeronaves voltaram ao serviço. A retomada das operações começou em meados de junho do ano passado, com melhora mensal desde então, ainda que em um ritmo menor após setembro.

Em 6 maio de 2020 haviam 16.319 aeronaves no solo, enquanto dois meses depois o total era de 10.708. Em setembro eram 8.890, com os demais meses apresentando ligeira variação para mais ou menos.

Os dados da Cirium mostram que a maior parte dos aviões que retomaram os serviços regulares são de corredor único, normalmente utilizados em rotas domésticas e média densidade.

Atualmente os mercados internos da China e Estados Unidos são os que apresentam forte recuperação. Parte do crescimento é relacionado a intensa campanha de imunização em andamento, somado ao potencial de viagens existentes em ambas economias.

Ainda assim, o tráfego de passageiros em todo o mundo deverá atingir no final do ano aproximadamente 47% dos níveis pré-pandemia. Uma completa retomada, próxima dos números de 2019, não deverá ocorrer antes de 2024.

Os dados da Cirium apontam que ao final do anos ainda devem estar armazenados aproximadamente 6.000 aeronaves comerciais, especialmente modelo de dois corredores, dedicados aos voos intercontinentais e de grande capacidade.

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