Pelo menos metade operações de solo da Latam em Confins deixarão de usar diesel
Marcel Cardoso Publicado em 29/06/2022, às 06h20
A Latam Airlines passou a ser a primeira empresa aérea no Brasil a utilizar 100% de energia elétrica em operações de solo desde ontem (28), quando a operação de Ground Handling de pelo menos 50% de seus voos no aeroporto internacional de Confins (CNF) serão totalmente realizadas por equipamentos movidos a energia elétrica, em vez de diesel.
O projeto-piloto recebeu o investimento de mais de R$ 30 milhões e foi desenvolvido em parceria com a Real Aviation e a concessionária BH Airport. “Esse é um passo claro da Latam para uma aviação mais sustentável. Já estamos tomando medidas concretas neste momento e nessa direção, para priorizar parceiros com soluções que contribuam para a redução da pegada de carbono. Nosso compromisso é seguir em frente para que possamos expandir essa e outras iniciativas para todos os aeroportos em que voamos”, de acordo com Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil.
Enquanto a companhia aérea investiu na exclusividade e priorização de parceiros que oferecem soluções mais sustentáveis para atender ao seu compromisso, a Real Aviation investiu na compra dos equipamentos de Ground Handling movidos 100% a energia elétrica, uma tecnologia em expansão, porém ainda de difícil aquisição.
Já a BH Airport investiu em infraestrutura para oferecer os pontos de energia para o carregamento desses equipamentos do Ground Handling, com a construção de uma subestação e a instalação de equipamentos próprios para suportar a operação. “Esse investimento faz parte da estratégia corporativa do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte para ser considerado como um Aeroporto Verde, conforme certificação internacional de aeroportos da América Latina. (...) Quando vimos a convergência de interesse nessa parceria e sinergia com nossos planos, prontamente unimos forças para viabilizar essa solução”, afirma Kleber Meira, CEO da concessionária.
A iniciativa deixará de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses no terminal da Grande Belo Horizonte.