O novo INS Vikrant da Marinha da Índia é um porta-aviões com capacidade para operar até 30 aeronaves entre caças e helicópteros
Por André Magalhães Publicado em 02/09/2022, às 08h45
A Marinha da Índia fez hoje (2) o comissionamento do mais novo porta-aviões do país, o INS Vikrant. O evento contou com a presença do primeiro-ministro Shri Narendra Modi e de militares do almirantado indiano.
Glimpses from the special programme to mark the commissioning of INS Vikrant. pic.twitter.com/bk0vsLk6QM
— Narendra Modi (@narendramodi) September 2, 2022
O navio é tido como um dos principais objetivos industriais e militares da Índia, que tem ampliado suas capacidades tecnológicas nos últimos anos.
“Vikrant é enorme, maciço e vasto. Vikrant é distinto, Vikrant também é especial. Vikrant não é apenas um navio de guerra. Este é um testemunho do trabalho árduo, talento, influência e compromisso da Índia no século XXI. Se os objetivos são distantes, as jornadas são longas, o oceano e os desafios são infinitos – então a resposta da Índia é Vikrant", relatou Narendra Modi, primeiro-ministro.
Apesar de ter sido incorporado a marinha neste ano, o porta-aviões estava há quase uma década realizando uma bateria de testes de mar, quando foi lançado em 2013. O processo de aceitação de navios complexos usualmente exige uma longa e complexa campanha de ensaios, que dependendo do caso, como um porta-aviões, pode chegar aos dez anos.
O navio tem 262 metros de comprimento, 62 metros de largura, descloca aproximadamente 43.000 toneladas e atinge velocidades de 28 nós (50 km/h). A capacidade de tripulação é de 1.600 pessoas, que podem permanecer em alto mar por vários meses.
Na parte operacional, é esperado que a embarcação opere até 30 aeronaves, incluindo os caças MiG29K, versão naval do icônico avião russo, helicópteros Kamov-31, MH-60R e outras pequenas aeronaves leves.
A Marinha da Índia quer operar 57 modernos caças navais, que serão destinados justamente para equipar o novo Nau Capitânea da frota, o porta-aviões INS Vikrant. Por isso, os indianos realizaram uma série de testes com caças F/A-18 Super Hornet, da Boeing e o Rafale M, da Dassault.
Ambos ensaios já foram concluídos e o principal teste envolveu verificar se os caças poderiam operar no sistema Stobar, uma rampa/ski na proa no navio, ao invés da catapulta.
Os dois caças operam no sistema Catobar, onde catapultas que lançam os aviões. No entanto, os testes mostraram que os aviões poderiam operar no sistema de ski, padrão comum nas marinhas da Índia, Rússia e China.