Implementação de novas rotas e procedimentos no espaço aéreo do Brasil vai reduzir tempo de voo e consumo de combustível
Por Wesley Lichmann Publicado em 04/10/2023, às 17h10
As operações aéreas brasileiras se tornarão mais eficientes a partir de hoje (4), com a implementação de um projeto que visa otimizar as trajetórias de voo, em resposta a demanda projetada para os próximo dez anos.
O projeto do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) prevê a reorganização de toda a rede de rotas fixas do espaço aéreo monitorado pelos centros de controles instalados em Brasília e Recife, conhecidos respectivamente como FIR-BS e FIR-RE.
Ao todo, serão modificadas 127 aerovias e 213 procedimentos de chegada (STAR) e de saída (SID), redesenhadas em oito áreas de controle terminal (TMA), evitando assim a necessidade de esperas para ingressar em aeroportos movimentados como Guarulhos e Congonhas, em São Paulo; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; e Brasília.
"Além de promover a gestão do tráfego aéreo mais sustentável através das rotas fixas mais diretas, o Projeto Eficiência de Rotas proporciona uma carga de trabalho mais igualitária nos centros de controle de tráfego", comenta o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.
A medida foi desenvolvida e coordenada por diversos órgãos e setores do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), e pretende melhorar a gestão e separação do tráfego aéreo, tornando as operações mais eficientes e alinhadas as metas de sustentabiliade do setor aéreo.
As companhias aéreas também foram ouvidas e participaram da modelagem e validação dos cenários, com o objetivo de mensurar a redução no consumo de combustível e emissões de CO2 na atmosfera.
De acordo com o DECEA, cerca de 500 controladores de voos do Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), de Brasília e Recife foram capacitados para coordenar as melhorias nos espaços designados com a nova estutruta de voo.
As novas rotas vão contribuir para a redução anual de cerca de 440 toneladas de querosene de aviação e emissões de 1.340 toneladas de gás carbônico na atmosfera.