Danos visíveis nas imagens mostram a quase completa destruição do An-225
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 26/03/2022, às 17h58
A destruição do maior avião do mundo, o An-225 Mriya, continua gerando uma série de especulações e debates. Além disso, novas imagens mostram os danos no avião, que está parcialmente destruído.
É possível avaliar que toda a seção dianteira do An-225, assim como sua asa direita, foi destruída, o que deverá confirmar a completa inviabilidade de reconstrução do avião.
Recentemente a Antonov postou uma mensagem apelado para a comunidade internacional ajudar na reconstrução do gigante, com orçamento estimado em US$ 3 bilhões. O valor considerado exorbitante para a construção de um único avião deverá tornar o Mriya um eterno sonho ucraniano.
That Ukrainian Antonov An-225 at Gostomel airport was really, really destroyed. From @airlivenet: https://t.co/CPjLSfmWeC pic.twitter.com/rYrHCBYRwd
— Byron York (@ByronYork) March 26, 2022
Ao longo de duas décadas o An-225 passou a servir especialmente voos fretados que exigiam grande capacidade cúbica ou movimentação de cargas acima de 120 toneladas e que não podiam ser desmembradas. Em média o avião realizava entre três e quatro voos anuais, demostrando a inviabilidade econômica de ser reconstruído.
“O valor [de 3 bilhões de dólares] é superior ao custo de desenvolver um programa do zero, o projeto da Boeing para o 777X custou algo como 5 bilhões [de dólares] é inimaginável um único avião custar 3 bilhões”, destacou Paul Mitchell, engenheiro aeronáutico aposentado. “É obsceno pensar em uma única aeronave custando tanto, a conta jamais será paga. Nem o B-2 custou tão caro”, compara.
Além da baixa demanda de voos, o An-225 ainda sofre com a obsolescência de seu projeto. Embora tenha sido construído no final dos anos 1980, o avião conta com soluções e sistemas com tecnologias da década de 1960.
Embora a Antonov não tenha explicado como chegou as cifra de US$ 3 bilhões, é provável que o custo inclua também o investimento necessário na construção de uma unidade fabril, do desenvolvimento de ferramental, entre outros.