Impasse entre sindicatos e governo pode adiar estreia da ITA
Marcel Cardoso Publicado em 27/09/2021, às 17h50 - Atualizado às 18h00
Primeiro voo comercial da nova estatal pode não acontecer mais em 15 de outubro - Foto: Divulgação
O primeiro voo da companhia aérea estatal ITA Trasporto Aéreo pode ser adiado para março de 2022, segundo fontes ao jornal italiano Corriere Della Sera, nesta segunda-feira (27).
A medida, classificada como ‘extrema’, daria sobrevida à existência da Alitalia, que será extinta para dar lugar à nova empresa. Sindicatos pedem a prorrogação de benefícios salariais a funcionários que não aderirem à migração para a ITA para até 2025.
Na última sexta-feira (24), centenas de funcionários fecharam os acessos ao aeroporto internacional de Roma (FCO), em protesto contra os cortes de empregos na transição entre as duas companhias.
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A publicação cita que autoridades estão mediando esta possibilidade entre as partes e que a nova data pode favorecer a nova companhia que, na prática, entraria no mercado em um momento mais favorável, antes da próxima temporada do verão europeu, que começa em junho.
Os novos planos podem encontrar fortes barreiras na União Europeia, já que o bloco impediu a Alitalia de receber aportes financeiros, com o intuito de criar uma empresa totalmente nova. Os dois lados haviam concordado em resolver esta situação o mais breve possível, para que as sanções impostas contra o país, por auxílios ilegais dados pelo Estado à companhia em 2017 e em 2019, sejam abrandadas.
Outro empecilho é a venda de passagens para os voos da ITA, que começaram em 26 de agosto. Milhares de passageiros seriam afetados com os adiamentos e cancelamentos de voos, o que representaria uma perda de receita importante para o início das operações, além do prejuízo de imagem.