Míssil na Coreia do Norte e alerta incomum proíbem aviões de voar nos EUA

Uma estranha ordem manteve dezenas de aviões proibidis de voar na Califórnia e autoridades não confirmam origem da medida

Por Edmundo Ubiratan Publicado em 11/01/2022, às 13h00 - Atualizado em 13/01/2022, às 01h44

Alguns voos foram afetados pelo alerta, incluindo operações comerciais como no aeroporto de San Diego | Foto: Divulgação

Na tarde de ontem (10) os Estados Unidos emitiram um alerta para suspensão imediata de todos os voos em um trecho da costa oeste (Pacífico). A ordem incomum durou pouco mais de vinte minutos, exigindo o pouso de diversas aeronaves e a o atraso nas decolagens de outras centenas.

Todavia, as autoridades dos Estados Unidos não confirmam o motivo da obrigatoriedade de pouso ou suspensão de voos. O cenário é tão inédito que nem mesmo a FAA, a autoridade de aviação civil dos EUA, assim como o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, na sigla em inglês) confirmam o que ocorreu.

Embora a ordem tenha sido registrada por diversos aviões, inclusive comerciais, não está claro quais aeroportos foram afetados pela medida e nem mesmo qual critério foi usado. Uma das especulações está relacionada ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte. A arma atingiu a impressionante velocidade de Mach 10 (aproximadamente 12.300 km/h), mas caiu o Oceano Pacífico, a milhares de quilômetros dos Estados Unidos.

O Norard afirma que em momento algum o lançamento norte coreano colocou em risco os Estados Unidos. Após detectar a movimentação militar norte coreana, o Nordar passou a acompanhar todo o processo, inclusive o lançamento em tempo real, feito através de uma rede de satélites e aeronaves de inteligência.

Na teoria, caso exista uma ameaça real dos Estados Unidos serem atingidos por um ataque externo, o Norad emite um alerta emergencial a FAA avisando do risco e local estimado para impacto. Já as autoridades de aviação civil avaliam o cenário e podem suspender todos os voos na área. Porém, oficialmente esse cenário ainda não foi confirmado pelas autoridades dos Estados Unidos.

O Aeroporto de San Diego, ao sul da Califórnia, afirmou que foi instruído de que havia uma parada nacional em solo, mas logo após 5 ou 7 minutos a medida foi suspensa. Já um voo da Southwest Airlines recebeu a instrução do controle do aeroporto de Burbank, também na Califórnia, que haveria a necessidade de permanecer em solo até uma segunda ordem.

Não está claro ainda se a ordem foi um teste pontual, uma falha na cadeia de comunicação ou um ataque externo que gerou casos pontuais de alerta nos Estados Unidos.

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