A ExpressJet anunciou o fim das atividades após perder o contrato com a United Airlines
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 27/08/2020, às 15h00 - Atualizado às 15h40
ExpressJet é a maior operadora do Embraer ERJ-145 nos Estados Unidos e foi duramente impactada pela pandemia
A maior operadora do Embraer ERJ-145 nos Estados Unidos, a regional norte-americana ExpressJet Airlines, conhecida por operar os voos da United Express, anunciou que encerrará suas operações no dia 30 de setembro.
A pandemia de covid-19 impactou as operações da companhia, que voa especialmente voos entre cidades de baixa densidade, sofrendo ainda mais com a baixa ocupação dos voos. Além disso, a United Airlines anunciou que deverá consolidar seus negócios regionais em apenas com a concorrente CommutAir.
Inicialmente a ExpressJet tinha planos de reduzir gradualmente suas operações até o final do ano, ainda que houvesse a esperança de conseguir um novo acordo. Em uma mensagem aos funcionários no último final de semana a ExpressJet informou que interromperá suas operações regionais em setembro.
“Devido à incerteza das viagens de passageiros das companhias aéreas como resultado da pandemia contínua, todos os voos ExpressJet da United Airlines terminarão em 30 de setembro de 2020”, afirmou o comunicado interno.
Coincidentemente a data para o fim das operações é o mesmo da ajuda financeira promovida pelo governo dos Estados Unidos, que forneceu um auxilio bilionário para as empresas aéreas viabilizarem seus quadros de funcionários no auge da pandemia.
O fim do auxílio tem gerado temor no setor aéreo dos Estados Unidos, que ainda sofre com a demanda fraca e com a incerteza sobre como gerir os quadros de funcionários em outubro. Um dos maiores críticos da posição oficial da Washington é o presidente da Regional Airline Association (RAA), a associação que reúne as empresas de transporte aéreo regional norte-americanas, Faye Malarkey Black que criticou os legisladores por não abordarem os termos futuros referentes proteções da folha de pagamento das companhias aéreas.
“Eles [legisladores deixaram] um grande ponto de interrogação sobre se o programa de apoio à folha de pagamento seria estendido ou não enquanto a pandemia se intensifica e a demanda continua enormemente deprimida”, declarou Malarkey Black.
A companhia que opera uma frota composta pelos ERJ-145 e operava apenas voos da United Airlines, o que tornou praticamente impossível conseguir outro cliente no curto espaço de tempo disponível e diante do cenário atual.
Diante do cenário atual, sem o contrato da United Airlines, a direção da ExpressJet afirmou que será obrigada a dispensar a maior parte de sua força de trabalho no próximo dia 30 de setembro, mantendo apenas uma pequena a equipe para permitir o encerramento das operações e revisão de futuras oportunidades de negócios.
Até o fechamento dessa notícia o governo norte-americano não havia dado sinais de prolongamento do auxílio destinado ao setor aéreo.