Lufthansa pagará indenização de cerca de R$ 15 milhões a passageiros judeus ortodoxos
Por Marcel Cardoso Publicado em 30/11/2022, às 07h48
A Lufthansa concordou em pagar uma indenização de US$ 21 mil (R$ 110,7 mil) a cada um dos 128 passageiros que tiveram o embarque negado em um voo de Frankfurt, na Alemanha, para Budapeste, na Hungria, em maio.
A ocorrência teve início no voo LH401, de Nova York (JFK) para FRA, onde vários judeus ortodoxos embarcaram com intuito de fazer conexão em seguida para a capital húngara (BUD). Segundo relatos, houve vários problemas relacionados ao uso obrigatório de máscaras no voo transatlântico, o que fez com que estes passageiros tivessem o embarque negado após o pouso em solo alemão.
O problema não ficou restrito a este grupo, pois outras pessoas com a mesma denominação religiosa também tiveram a conexão negada por conta do seu nome e/ou aparência. O caso repercutiu nas redes sociais.
“A Lufthansa lamenta as circunstâncias que envolveram a decisão de excluir os passageiros afetados do voo, pelo que a Lufthansa se desculpa sinceramente. Enquanto a Lufthansa ainda está revisando os fatos e circunstâncias daquele dia, lamentamos que o embarque do grande grupo tenha sido negado, em vez de limitá-lo aos hóspedes não conformes. Pedimos desculpas a todos os passageiros impossibilitados de viajar neste voo, não só pelo incômodo, mas também pela ofensa causada e impacto pessoal. Estaremos em contato com os passageiros afetados para entender melhor suas preocupações e discutir abertamente como podemos melhorar nosso atendimento ao cliente”, disse o CEO do Lufthansa Group, Carsten Spohr.
O total das indenizações é de US$ 2,69 milhões (R$ 14,2 milhões). A companhia faz 28 voos semanais entre Frankfurt e Budapeste utilizando aeronaves da família A320, da Airbus.