Ampliação da liquidez permitirá capitalizar o grupo alemão e viabilizar o pagamento do empréstimo estatal
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 15/07/2021, às 17h00 - Atualizado às 17h44
Procura por viagens aéreas poderá viabilizar no curto prazo a volta dos A380 na frota da Lufthansa
A Lufthansa obteve mais de € 1 bilhão na venda de títulos corporativos, aumentando assim sua liquidez no curto prazo. A empresa alemã trabalha há vários meses em uma estratégia para se capitalizar e manter a viabilidade de seus negócios.
A movimentação no mercado foi a segunda da Lufthansa este ano, que em 4 de fevereiro já havia levantado € 1,6 bilhão, visando reembolsar parte do resgate estatal de € 9 bilhões oferecido a companhia no ano passado.
“Continuamos a trabalhar sistematicamente nas nossas medidas de reestruturação, a fim de reembolsar as medidas de estabilização do governo o mais rapidamente possível”, destacou Remco Steenbergen, diretor financeiro da Lufthansa.
A venda de títulos corporativos ocorreu no último dia 7 de julho, sendo uma das últimas séries de emissões feitas por companhias aéreas da Europa.
Em meados de abril de 2020 a Lufthansa registrou seu pior ano na série histórica, com um movimento de passageiros similar ao existente no início dos anos 1960. A drástica redução na demanda afetou rapidamente o caixa e exigiu uma série de medidas para compensar a perda de capacidade e caixa. A paralisação de grande parte da frota, incluindo a aposentadoria antecipada de diversos aviões, ajudou a manter o equilíbrio financeiro, mas a empresa foi obrigada a recorrer a um financiamento do governo alemão para conseguir honrar seus compromissos de curto e médio prazo.
Os novos recursos serão utilizados pela Lufthansa para fortalecer as finanças de todo o grupo, ampliando a variedade de instrumentos de financiamento disponíveis.
Além disso a Lufthansa avalia retomar os serviços com parte da frota de Airbus A380, reforçando assim a oferta de assentos premium. Recentemente a companhia reativou temporariamente alguns de seus veteranos 747-400, graças sua configuração voltada para mercados premium e ao crescimento de viagens de negócios e lazer.