CEO da Lufthansa está discutindo com a Boeing para ver até onde o fabricante pode ajudar
Marcel Cardoso Publicado em 08/05/2022, às 16h50
A Lufthansa tem vinte pedidos firmes para o 777X, novo avião de passageiros da Boeing, porém, com o novo adiamento das primeiras entregas para 2025, a companhia aérea pode se ver obrigada até mesmo a voltar a operar com um certo modelo que está inoperante desde o início da pandemia de covid-19.
Segundo o portal alemão aeroTelegraph, o posicionamento da companhia perante o Airbus A380-800 está em vias de mudar, depois do CEO, Carsten Spohr, ter sido, por várias vezes, categórico em afirmar que o gigante não voltaria a voar mais com a pintura da Lufthansa.
Em entrevista a repórteres, na última quinta-feira (5), Spohr disse que está conversando com a Boeing para saber até onde o fabricante pode ajudar a companhia nesta questão, por exemplo, na substituição temporária por unidades de modelos diferentes. “A Lufthansa está analisando quais opções de frota ainda temos que podem entrar em serviço nas temporadas de verão de 2024 e de 2025, onde temos de admitir que o 777X ainda não poderá voar”, acrescentou o CEO.
Questionado sobre o maior avião de passageiros do mundo, portanto, Spohr disse que seu posicionamento não mudou, por enquanto. “Se a demanda fosse tão alta para sermos forçados a recolocar o Airbus A380 novamente em operação, eu seria a pessoa mais feliz. Do ponto de vista atual, no entanto, isso ainda não é necessário”, concluiu.
A companhia possui 14 aeronaves do modelo, sendo que seis delas foram devolvidas aos arrendadores e as demais estão estocadas em aeroportos logísticos da França e da Espanha.