Mais da metade da frota de E195-E2 da KLM Cityhopper está inativa
Por Wesley Lichmann Publicado em 05/01/2023, às 12h26
A KLM Cityhopper, subsidiária regional da KLM, uma das principais clientes da Embraer, suspendeu as operações de mais da metade de sua frota de E195-E2.
Das 14 aeronaves Embraer 195-E2 apenas seis estão em serviço, enquanto oito jatos da regional holandesa estão indisponíveis para voo. A inatividade da frota está relacionada ao desempenho dos motores PW1900 da Pratt & Whitney, que necessitam de longas inspeções.
"Os problemas de desempenho não afetam a segurança de voo, mas afetam a disponibilidade da frota", afirma a companhia aérea holandesa.
A frota da KLM Cityhopper é composta por 61 aeronaves da Embraer, sendo 17 E175, 30 E190 e 14 E195-E2. As aeronaves E195-E2 matrículas PH-NXA, PH-NXC, PH-NXD, PH-NXE, PH-NXJ, PH-NXK, PH-NXL e PH-NXM permanecem parqueadas na Holanda.
"A usabilidade do E195-E2 ainda não é ideal. O fabricante dos motores Geared Turbo Fan (GTF) P&W deu um grande passo com um motor durável, econômico e silencioso. No entanto, este motor tem problemas de desempenho que podem ser encontrados em todas as plataformas que operam com esses motores, em todo o mundo (não apenas os E2s). Os problemas de desempenho não afetam a segurança de voo, mas afetam a disponibilidade da frota. O fornecedor do motor e o fabricante da aeronave estão atualmente trabalhando para encontrar soluções. Além disso, a KLM está trabalhando duro para limitar ao máximo os efeitos na operação", diz a KLM Cityhopper em comunicado.
A família de motores de última geração Geared Turbo Fan (GTF) produzida pela Pratt & Whitney, também apresenta ocorrências nas aeronaves Airbus A220, equipadas com a versão PW1500.
Após o desligamento repentino de dois motores em um A220 da airBaltic, em Copenhagen, a administração federal de aviação norte-americana (Federal Aviation Administration – FAA, na sigla em inglês), publicou uma diretriz de aeronavegabilidade para os motores Pratt & Whitney, para evitar que o desligamento ocorra novamente.
A normativa publicada em 27 de dezembro de 2022, com vigência a partir de 31 de janeiro, requer a remoção de certas versões de software de controle eletrônico do motor (EEC) e a atualização do sistema do controle digital do motor (Full Authority Digital Engine Control - FADEC, na sigla em inglês). A agência americana afirma que tais modificações levam duas horas por aeronave.