Aeronave havia sido aposentada e estava armazenada na Espanha
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 23/11/2020, às 12h00 - Atualizado às 12h11
Imagem mostra fogo consumindo parte da fuselagem, próximo ao cockpit do 747
Um Boeing 747-400 da British Airways, que está armazenado no aeroporto de Castellon (CDT), na Espanha, pegou fogo. As imagens mostram as chamas consumindo parte do cockpit e destruindo a área da fuselagem próxima.
As autoridades aeroportuárias não confirmaram as causas do incidente, apenas que o fogo foi controlado e que possivelmente não havia nenhum serviço de manutenção sendo realizado no momento que o incêndio começou.
A matrícula da aeronave não foi informada, mas é provável que seja o G-CIVD (MSN 27349), que é o único 747-400 da British Airways com a pintura da oneworld armazenado em Castellon. A aeronave foi entregue para a companhia britânica em dezembro de 1994, tendo voado regularmente até meados de 2020, quando a aposentadoria do Jumbo foi antecipada pela British após os graves efeitos da pandemia de covid-19 no setor aéreo.
O último voo da aeronave ocorreu em agosto, quando decolou do aeroporto de London Heathrow (LHR) para o aeroporto espanhol, onde foi permanentemente estocado. Não existem detalhes sobre qual era o futuro esperado para o avião, mas era pouco provável que voltasse a operar, mesmo em uma versão cargueira.
A aposentadoria de bimotores de grande capacidade, como o 777-300ER e a existência de conversão para a variante cargueira, tiraram dos quadrimotores eu último nicho de mercado. Os 747-400 estavam em fase avançada de retirada de serviço pela maior parte das empresas aérea do mundo, mas a pandemia adiantou o processo em vários meses.
A British esperava voar com o Jumbo por mais quatro anos, mas optou por retirar o icônico avião de serviço em meados de abril deste ano.
O avião envolvido no incêndio contava com 337 assentos, sendo 14 assentos na primeira classe, 52 na executiva, 36 na econômica premium e 235 na econômica. O último voo regular do G-CIVD ocorreu em 18 de abril, entre Lagos, na Nigéria, e Londres, quando somava mais de 115 mil horas de voo e 13.364 decolagens.