Japão perde em acidente o primeiro F-35, um dos mais caros caças do mundo

Aeronave era a primeira produzida no Japão e esquadrão estava operacional há apenas 11 dias

Por: Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação Publicado em 10/04/2019, às 17h07 - Atualizado em 24/06/2020, às 16h46

O Japão confirmou a perda de um de seus F-35A durante um exercício militar no Pacífico. O avião, que era o primeiro exemplar montado no Japão, realizava um voo noturno quando desapareceu dos radares.

De acordo com o Ministério da Defesa japonês, os primeiros destroços, do que se acredita ser o avião, foram encontrados flutuando próximo à costa japonesa. A Guarda Costeira do Japão iniciou um amplo plano de buscas pelo piloto. “Faremos o melhor para encontrar o piloto desaparecido”, afirmou Takeshi Iwaya, ministro da defesa do Japão. Por questões de segurança e privacidade, a força aérea não divulgou o nome do piloto. A única informação passada a imprensa foi que o piloto é um major de 40 anos, com mais de 3.200 horas de experiência.

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O primeiro F-35A #79-8705, perdido no Pacífico, em sua apresentação oficial em junho de 2017.

Por questões de segurança a Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF, na sigla em inglês) anunciou que paralisou os voos com o caça até que as causas do acidente sejam identificadas.

O F-35A desaparecido #79-8705 (AX-05) é o primeiro, de um lote de 13 aviões, construídos no Japão dentro do programa Joint Strike Fighter, que tem os Estados Unidos como líder de projeto. O avião havia sido formalmente apresentado no dia 5 de junho de 2017, na unidade de Nagoya.  Todavia, o Esquadrão 302, o primeiro a operar o F-35 no Japão, foi declarado operacional há apenas 11 dias, utilizando atualmente com 13 aviões e estando baseado em Misawa, no noroeste do país.

O F-35 deverá substituir todos os F-4 Phantom II japoneses, podendo chegar a um total de 105 aviões do modelo F-35A, além de um lote adicional do F-35B, com capacidade de decolar em pista curta e pousar na vertical.

O F-35 surgiu de um programa multinacional coordenado pelos Estados Unidos, o Joint Strike Fighter, que previa um caça multimissão de baixo custo e elevada capacidade de combate e características stealth, ou seja, com discrição aos radares inimigos. O programa atrasou em vários anos, com custo unitário passando dos US$ 100 milhões, muito acima do valor estabelecido originalmente, que beirava os US$ 30 milhões. Atualmente mais de 350 caças F-35 estão voando no mundo, contando com componentes produzidos por diversos países e opção de produção sob licença, para aliados dos Estados Unidos. 

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