Edital tem valor mínimo de R$ 2,96 milhões e envolve todas as áreas de publicidade aeroportuária
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 26/08/2020, às 10h00 - Atualizado às 11h12
Novo modelo de negócios da Infraero vai unificar todos os contratos de publicidade em uma única gestão
A Infraero divulgou o edital de licitação para contratar uma nova empresa de mídia que fará a exploração comercial dos espaços publicitários e promocionais do aeroporto de Congonhas, com contrato válido por nove anos.
De acordo com o edital, serão 108 meses de contrato, com pagamento para a estatal de um valor mínimo mensal de R$ 2,96 milhões, com o projeto envolvendo todos os pontos do terminal. Vence a disputa a empresa que oferecer o maior valor mensal para a Infraero, além de comprovar a documentação técnica exigida pela licitação.
O contrato prevê que a empresa vencedora poderá ocupar os espaços que já se encontram disponíveis, enquanto os demais pontos terão seus respectivos contratos cumpridos com os concessionários atuais até o final da vigência dos acordos comerciais. Neste caso, a nova empresa poderá incluir ou retirar pontos no aeroporto conforme o Plano Geral de Mídia, que será apresentado à Infraero num prazo de 90 dias após a assinatura do compromisso.
“Trata-se de um plano que irá prever a relação de pontos que serão explorados, as ações que serão implantadas, todos com projetos padronizados e especiais, com base em mídias integradas e em harmonia com o ambiente, buscando uma valorização do espaço e aprimorando o conforto visual”, explica Bruno Basseto, superintendente de negócios da Infraero.
Segundo a estatal, o aeroporto de Congonhas possui aproximadamente três mil pontos de publicidade, desde os carrinhos de bagagem, passando por painéis indicativos de voo, displays, até os divisores de fluxo. Caso a empresa vencedora opte por fazer adequações para sua estratégia de negócios, a proposta de reorganização deverá ser avaliada previamente pela Infraero.
“Será feita a troca de uma gestão individualizada, em que cada local tem um contrato, para um modelo que trata o aeroporto como conjunto único, com pontos mutáveis e flexíveis, assim como fazem os principais aeroportos internacionais”, afirma Basseto.
A Infraero acredita no potencial do negócio graças a grande movimentação anual do aeroporto paulistano, que em 2019 recebeu 22,6 milhões de passageiros e movimentou 217,2 mil aeronaves.