Empresas querem recuperar perdas causadas pela pandemia
Marcel Cardoso Publicado em 05/10/2021, às 10h25 - Atualizado às 10h34
Iata contesta 'compensação' pelas perdas causadas pela pandemia por aeroportos - Foto: Divulgação
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) alertou que o aumento planejado das tarifas por concessionárias de aeroportos e provedores de serviços de navegação aérea (Ansp) pode atrasar a recuperação das viagens aéreas e prejudicará a conectividade internacional.
Os aumentos confirmados das tarifas destas empresas já atingiram US$ 2,3 bilhões (R$ 12,5 bilhões). Segundo o órgão, futuros aumentos podem ser dez vezes maiores se as propostas já apresentadas pelos aeroportos e pelos provedores forem concedidas.
Na Europa, os Ansps dos 29 países pertencentes à Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) querem recuperar quase US$ 9,3 bilhões (R$ 50,7 bilhões) das companhias aéreas para cobrir receitas não auferidas no biênio 2020/2021, causadas pela falta de voos durante a pandemia, além de pleitearem um aumento de 40% previsto para 2022.
"Isso deve parar, se a indústria quiser ter uma oportunidade justa na recuperação. Os acionistas de infraestrutura, governamentais ou privados, beneficiaram-se de retornos estáveis antes da crise. É um comportamento inaceitável se beneficiar dos seus passageiros durante os bons tempos e prejudicá-los nos ruins. Não devemos comprometer a recuperação com a irresponsabilidade e a ganância de alguns de nossos parceiros que não trataram dos custos ou contrataram seus acionistas para obter apoio", segundo o Diretor Geral da Iata, Willie Walsh.