A história do primeiro avião a jato feito na América Latina

Caça argentino lançado em 1946 foi o nono avião a jato projetado e produzido em todo o mundo

Por Santiago Oliver Publicado em 25/03/2020, às 16h00 - Atualizado às 17h23

Projetado e construído na Argentina logo após o final da Segunda Guerra, o I.Ae. 27 Pulqui (flecha, em mapuche) foi o primeiro avião a jato a ser fabricado na América Latina, e o nono no mundo.

O projeto nasceu em 1946 por iniciativa do governo de Juan Domingo Perón, e a responsabilidade de produzi-lo foi do Instituto Aerotécnico de Córdoba (atual FAdeA - Fabrica Argentina de Aviones). Pouco tempo depois de iniciado o projeto, o Ministério da Aeronáutica, soube da presença no país do engenheiro e projetista francês Emile Dewoitine (colaboracionista durante a ocupação alemã da França, durante a Segunda Guerra Mundial) e o contratou para a equipe do Instituto na Divisão de Projetos Especiales N°1.

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Ainda em 1946, teve início a fabricação do protótipo, que ficou pronto e decolou pela primeira vez no ano seguinte. Os primeiros voos mostraram que o avião tinha pouca potência e baixo desempenho. Sua envergadura foi reduzida em 75 cm, na tentativa de aumentar a velocidade máxima, que era de 720 km/h em vez dos 850 km/h esperados.

 

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A apresentação oficial da aeronave foi realizada em 8 de outubro de 1948, junto com a do  I.Ae. 30 Ñancú e a do avião presidencial Vickers Viking, esse último de origem inglesa.

 

O programa se estendeu até 1948, quando foi superado pelo mais avançado I.Ae. 33 Pulqui II. O modelo original passou a se chamar Pulqui I e embora o programa tenha sido desativado, a aeronaves continuou voando até março de 1956, quando foi retirada do serviço.

Hoje, o Pulqui está exposto no Museo Nacional de Aeronáutica, em Morón, Província de Buenos Aires, na Argentina.

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