Modelo deverá contar com quatro zonas de cabine e novos motores
Por Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação Publicado em 17/10/2019, às 18h00 - Atualizado às 19h04
Versão de maior capacidade do G650ER poderá ter 1.8 m a mais de comprimento, novos motores e cockpit atualizado
A Gulfstream poderá lançar um novo avião de ultralongo alcance durante a NBAA-BACE, que ocorre na próxima semana em Las Vegas, nos Estados Unidos. O modelo será uma resposta ao Global 7500, da rival Bombardier, que definiu um novo nível de alcance e cabine.
De acordo com notícia publicada pela Aviation Week, o avião poderá ser batizado como G700 e derá super as marcas do consagrado G650ER. A expectativa é que o avião tenha uma seção extra de 1,8 m na fuselagem, permitindo ampliar o espaço interno e instalar uma quarta zona de cabine, como no rival canadense.
Segundo fontes no mercado consultadas poe AERO Magazine, a Gulfstream tem conversado com potenciais clientes sobre uma versão alongada do G650, com uma quarta zona de cabine e melhorias na performance e no cockpit. A fuselagem e asas devem ser derivadas do modelo atual, mas a expectativa é que o avião receba a nova suíte de aviônicos Symmetry, da Honeywell, utilizada nos G500 e G600. Uma das incógnitas é referente aos motores, que podem ser uma versão atualizada dos atuais Rolls-Royce BR725, usadas no G650, ou um modelo totalmente novo, inclusive podendo ser fornecido pela Pratt & Whitney.
O mercado ainda especula sobre um eventual G800, basicamente um G650 atualizado para os padrões de cockpit dos G500/G600 e contando com os motores do futuro G700. A intenção é oferecer ao mercado uma evolução do G650, com a mesma capacidade e alcance, mas com motores mais econômicos e cockpit modernizado, já dentro da nova filosofia da Gulfstream. Uma das virtudes é a maior integração entre pilotos de todas as versões, onde a padronização tem se tornado uma tendência mesmo na aviação de negócios.
O G700 caso seja anunciado em Las Vegas, poderá ser entregue aos primeiros clientes em meados de 2023. O objetivo é evitar que o Global 7500 amplie sua já considerável carteira de clientes, ampliando o acesso da Bombardier justamente no mercado prioritário da Gulfstream.