Abear mostra preocupação com as consequências da elevação do preço do barril do petróleo
Marcel Cardoso Publicado em 09/03/2022, às 09h15
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) manifestou preocupação com as consequências da invasão russa à Ucrânia para a aviação comercial no Brasil.
Em nota divulgada na terça-feira (8), o órgão disse que a alta do preço do barril petróleo, que está em torno dos US$ 140 (R$ 703), “pressiona ainda mais o já elevado preço do QAV (querosene de aviação), que em 2021 alcançou seu maior patamar, acumulando alta de 76,2%, superando as variações do diesel (+56%), gasolina (+42,4%) e gás de cozinha (+36%), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).”
O combustível representa mais de um terço dos custos do setor, cuja indexação ao dólar passa dos 50%. “Diante desse cenário, a Abear informa que o consequente encarecimento do QAV nos curto e médio prazos poderá frear a retomada da operação aérea, o atendimento logístico a serviços essenciais e inviabilizar rotas com custos mais altos, incluindo o foco na expansão de mercados regionais, num setor que acumula prejuízo de R$ 37,4 bilhões de 2016 até o terceiro trimestre de 2021.”
A Abear finaliza a nota defendendo que as medidas emergenciais para a contenção de preços que estão sendo tomadas, enquanto o conflito estiver em vigor, incluam o QAV, amenizando a crise do setor.