Em meio ao caos aéreo na Europa os trabalhadores da British Airways aprovaram greve
Por Marcel Cardoso Publicado em 24/06/2022, às 06h40
Os funcionários da British Airways aprovaram um movimento grevista que deverá começar já nesta alta temporada de verão e deverá afetar as operações em Heathrow, o maior aeroporto do Reino Unido.
Os grevistas apontam problemas por conta de cortes salariais na ordem de 10% e a cobrança de impostos durante a pandemia de covid-19.
Mais de 700 pessoas que atuam nos balcões de check-in da British Airways, além de outros profissionais de solo, poderão parar nos próximos dias se a empresa não pôr fim às reduções dos pagamentos. A última proposta da empresa aérea foi oferecer um bônus único de 10% e que foi negado pelos sindicatos da categoria.
“Estamos extremamente desapontados com o resultado [da decisão pela greve] e com o fato dos sindicatos terem optado por esta ação. Apesar do ambiente extremamente desafiador e de prejuízos de mais de 4 bilhões de libras (R$ 25,8 bilhões), fizemos uma oferta de pagamento de 10% que foi aceita pela maioria dos outros colegas”, afirmou a British Airways em nota.
O movimento, se efetivado, poderá acentuar os graves problemas nos aeroportos europeus, que não estão conseguindo lidra com a alta na demanda nesta época do ano, frente à escassez de funcionários nos terminais e nas companhias aéreas. Na Holanda, a administração do aeroporto de Schiphol (AMS), o principal do país, vai cortar o número de embarques em cerca de 15% para poder se adequar a esta situação.
Desde o início do mês, mais de mil voos foram cancelados no velho continente. A maior parte dos problemas está relacionado a falta de funcionários. Milhares de trabalhadores foram desligados durante o auge da crise, mas as recontratações estão em um ritmo lento e distante da necessidade do setor aéreo.