Expectativa é concluir a concessão dos terminais aeroportuários antes do final do atual mandato
Por Edmundo Ubiratan | Imagem: Divulgação Publicado em 12/11/2019, às 15h00 - Atualizado às 16h12
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, deverá ser privatizado até 2022
O governo brasileiro pretende realizar o leilão dos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont entre o final de 2021 e início de 2022. Antes serão concedidos a iniciativa privados outros 22 aeroportos, que devem praticamente extinguir a participação da Infraero na operação da rede aeroportuária brasileira.
Considerados as joias da coroa entre os aeroportos nacionais, Congonhas e Santos Dumont inicialmente seriam mantidos sob administração da Infraero com objetivo de viabilizar a existência da estatal e sua rede regional de aeroportos. Com a mudança na estratégia, que prevê a concessão de todos ativos, os dois aeroportos devem ser os últimos a serem leiloados.
De acordo com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a próxima rodada de leilões que deverá ocorrer em 2020, será dividido em três lotes tendo como âncoras os terminais de Manaus, Goiânia e Curitiba.
O governo atual mudou as regras de concessão dos aeroportos, entre outros prevendo o total do controle acionário do terminal por parte da concessionária. O primeiro bloco, vendido em 2012, mantinha a Infraero como sócia do empreendimento, com 49% do controle. O argumento era o país manter sua soberania, contudo, exigiu investimentos constantes na mesma proporção em um momento que a estatal perdia receita.
A expectativa do governo é deixar por completo a administração de terminais aeroportuários no país até meados de 2022. Assim, o Brasil será um dos poucos países do mundo onde a operação dos aeroportos é praticamente toda feita pela iniciativa privada.