Gol Linhas Aéreas registra queda na oferta e demanda em novembro, em meio aos atrasos nas entregas do Boeing 737 MAX
Por Wesley Lichmann Publicado em 11/12/2023, às 13h00
Os consecutivos atrasos nas entregas do Boeing 737 MAX, impactaram as operações da Gol Linhas Aéreas no último mês de novembro, com redução tanto da capacidade como na demanda na comparação com o mesmo período do ano passado.
A capacidade consolidada da Gol em novembro, medida em assentos‐quilômetros oferecidos (ASK) recuou 7,3%, enquanto a demanda aferida em passageiros‐quilômetros transportados (RPK) apresentou redução de 3,1%.
A taxa de ocupação somada as operações nacionais e internacionais cresceu 3,7 pontos percentuais, para 85%.
Sem novo aviões, o número de decolagens recuou 6,7% na comparação anual, para 16.994, totalizando cerca de três milhões de assentos oferecidos.
No mercado doméstico, a oferta registrou queda de 6,3%, com a demanda 2,8% menor frente um ano antes, resultando em uma taxa de aproveitamento nos aviões de 84,9%, alta de 3,0 pontos percentuais.
A procura por voos internacionais diminuiu 5,8%, frente redução de 16,1% na capacidade, com a taxa de ocupação aumentando 9,5 pontos percentuais, para 86,4%.
A Gol esperava receber quinze novos aviões durante o ano de 2023, mas apenas três exemplares foram entregues. A companhia prevê encerrar o ano de 2023, com uma frota ativa composta por 110 a 114 Boeing 737, frente estimativa anterior de até 118 aviões.
Os atrasos no MAX decorrem de furos mal feitos identificados na antepara traseira da fuselagem do bimotor. Os reparos necessários exigem um maior tempo, impactando as entregas de novos aviões.
Boeing e a fornecedora Spirit AeroSystems, responsável por grande parte da estrutura do 737 estão concentrando esforços para realizar as correções e estabilizar o ritmo de produção.