Mesmo com problemas envolvendo o 737 MAX e o 737 NG, a Gol encerrou 2019 com uma receita operacional líquida de mais de US$ 13 bilhões.
Por Gabriel Benevides Publicado em 26/02/2020, às 21h51 - Atualizado às 22h25
No ano passado, a Gol transportou cerca de 36,44 milhões de passageiros, em comparação com os resultados de 2018, houve um crescimento de 9%, este resultado, segundo a companhia, se deve à forte demanda de clientes, em especial, no segmento corporativo, juntamente com a capacidade operacional da companhia.
O que impressiona, é o fato da companhia aérea ter alcançado este resultado em meio à crise do 737 MAX mais os problemas envolvendo algumas unidades de 737 NG com rachaduras nas raízes das asas, fazendo com que no final de 2019, 14 aeronaves fizessem manutenção não planejada durante 3 meses, o que obrigou a companhia a alugar aviões de outras transportadoras para poder recompor a sua frota. Mesmo assim, a GOL soube resistir às turbulências para obter os resultados positivos de 2019.
Quando autoridades da aviação civil em todo o mundo começaram a fazer o groundeamento do 737 MAX, a Gol possuía sete unidades em sua frota. Apesar do destas aeronaves estarem prestes a completar um ano em solo, a Gol conseguiu ter flexibilidade suficiente para que fosse possível atender a todos os seus mercados. A companhia precisou assinar um contrato envolvendo a venda e leaseback de 11 unidades do 737 NG no mês passado, visando a aquisição de mais unidades do 737 MAX. Atualmente, a companhia possui 129 pedidos firmes para aquisição do 737 MAX, sendo 99 MAX 8 e 30 MAX 10.
Mesmo sem o 737 MAX, a Gol conseguiu um excleente balanço em 2019
A Gol espera que o 737 MAX volte a voar até o segundo semestre de 2020, mas isso depende da aprovação das agências reguladoras, no entanto, a companhia acredita que o Boeing 737 é a melhor aeronave para se adequar ao mercado brasileiro como justificativa dos bons resultados.
No final de 2019, a GOL aprimorou as suas parcerias com operadoras regionais, o que adicionou 22 novos destinos no Brasil, além disso, adicionou mais três destinos ao seu mercado regional. Já no mercado internacional, a companhia iniciou voos regulares entre São Paulo e Lima, Manaus e Orlando e deu início aos voos sazonais entre Porto Alegre e Punta del Este, no Uruguai.
No início de fevereiro, a Gol iniciou o compartilhamento de seus voos com a American Airlines e o codeshare com a Avianca Holdings, o que aumenta a sua presença na América do Sul.
A Companhia estima ter uma receita líquida de US $ 3,5 bilhões para este ano, para 2021, a receita pode chegar na casa dos 4 bilhões.