Pousos por instrumentos serão realizados no aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, densa fumaça atinge a capital do Amazonas
Por Wesley Lichmann Publicado em 11/10/2023, às 14h05
A densa fumaça de queimadas que atinge hoje (11), a cidade de Manaus, no Amazonas, restringiu a visibilidade do aeroporto internacional Eduardo Gomes, sem a intercorrência de atrasos nos voos.
Devido a baixa visibilidade, os pousos no aeroporto de Manaus serão operados por instrumentos, enquanto voos provenientes de Brasília, Campinas e São Paulo aguardam a liberação da pista principal que desde o último dia 4 de setembro, fica fechada das 04h da manhã até às 12h devido a obras de reforma em toda a sua extensão.
A interdição programada na pista do Eduardo Gomes se estenderá até janeiro de 2024. Ambas as cabeceiras 11-29 possuem procedimentos por instrumento.
Em resposta a AERO Magazine, a Vinci Airports, administradora do terminal diz que "o nível de fumaça que atingiu a cidade, nesta quarta-feira (11) não afetou as atividades do aeroporto de Manaus".
O aeroporto de Flores, dedicado a aviação geral, e a Base Aérea de Ponta Pelada também mantiveram seus serviços ao longo do dia.
Embora as autoridades locais não tenham determinado a origem da fumaça, os níveis de poluição da capital amazonense é considerada péssima, e está entre as piores do mundo.
O acúmulo de fumaça decorrente das queimadas acontece desde o mês de setembro, ao longo de outubro a situação tem se agravado, incluindo incêndios em cidades próximas de Manaus, e em áreas dentro da própria capital amazonense.
A forte seca que atinge o Amazonas afeta 60 dos 62 munícipios do estado, com a queda do nível dos rios, e aliada a densa fumaça que restringe as operações nos terminais aéreos regionais, a logística de abastecimento tem enfrentado diversos desafios, destacando a importância do modal aéreo em crises dessas proporções.
Segundo a Defesa Civil do Amazonas, no período de 12 de julho a 09 de outubro, mais de 2.000 focos de incêndio foram combatidos.
O governo estadual está utilizando quatro aeronaves para o monitoramento dos focos das queimadas e auxílio a população, sendo que uma foi cedida pela Marinha, uma pelo governo do Mato Grosso do Sul e outra pelo Distrito Federal, a quarta pertence à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM).