Aeroportos regionais dos EUA estão sem voos por falta de pilotos nas companhias aéreas
Marcel Cardoso Publicado em 14/07/2022, às 06h38
Pelo menos quatro aeroportos de três Estados norte-americanos deixaram de receber voos por decisão das companhias aéreas, devido à falta de pilotos nas subsidiárias regionais que atendem estas localidades.
Passageiros que dependem do aeroporto regional de Dubuque (DBQ), no Estado de Iowa, por exemplo, estão tendo que se deslocar para o internacional de Chicago-O’Hare (ORD), a três horas de distância, para conseguirem embarcar em algum voo. A região afetada tem cerca de 100 mil habitantes.
Especialistas apontam que o problema pode piorar nas próximas semanas, visto que os pilotos das companhias aéreas regionais estão sendo contratados para voar com aeronaves maiores em suas controladoras. Além disso, há uma avalanche de pedidos de aposentadorias antecipadas que aconteceram nos últimos meses no país.
Como AERO Magazine vem informando, a reposição de pessoal dispensado pelo setor aéreo no início da pandemia de covid-19 é demorada, visto que é necessário treinamento específico, dependendo da companhia aérea e do aeroporto, além do processo de adaptação, o que pode levar meses. Na Europa, centenas de voos foram cancelados desde o fim de maio, justamente por conta da escassez de pessoal em importantes terminais para o dar conta da demanda de passageiros para a alta temporada de verão.
Em Amsterdã (AMS), a administradora do aeroporto de Schiphol reduziu em 15% o número de embarques para se adaptar ao atual quadro de funcionários que pode fazer os atendimentos com qualidade, impactando frontalmente a KLM, que possui seu principal centro de operações (hub) ali. E no Reino Unido, a British Airways anunciou o cancelamento de mais de 10 mil voos até outubro pelo mesmo motivo, frustrando os planos de muitos viajantes.