Com atrasos na produção de seu principal produto, Boeing reduz pela metade suas entregas no mês de abril
Por Wesley Lichmann Publicado em 12/05/2023, às 10h53
Os atrasos na produção do 737 MAX reduziu pela metade as entregas da Boeing. Depois de registrar em março seu segundo melhor desempenho, com 64 aeronaves, apenas vinte e seis aeronaves foram entregues no mês de abril, enquanto o número de novos pedidos foi de 34, sendo que vinte e nove deles foram para clientes não identificados.
Mesmo com os defeitos identificados em um componente do 737 MAX, o principal produto da Boeing liderou as entegras efetuadas no mês, com 17 jatos entregues para oito clientes, incluindo duas unidades para a Alaska Airlines, duas para a Air Lease Corporation, quatro para a Ryanair e Southwest Airlines, duas para a United Airlines e uma unidade para a FlyDubai, Westjet e um cliente não identificado.
Já entre os aviões de dois corredores, a fabricante entregou três 787-9 e três 787-10, além de 767-300F à Fedex. A lista ainda contempla um 737-800 para o governo sul-coreano. No acumulado do ano, a Boeing entregou 156 jatos.
Atrasos no 737 MAX
A suspensão nas entregas do MAX foi anunciada após a Boeing indentificar após identificar um problema na qualidade dos encaixes que prendem o estabilizador vertical da aeronave à fuselagem. A falha nos componentes produzidos pela Spirit Aerosystems não afeta os MAX 9.
Os atrasos no seu principal produto vão afetar a capacidade das companhias aéreas durante a alta temporada de verão do Hemisfério Norte. Sem novos aviões e com a crescente procura por viagens aéreas, cerca de 9.000 assentos deixarão de ser ofertados nos próximos meses.
Dave Calhoum, CEO da Boeing, afirmou no mês passado durante conferência aos investidores que que as projeções para 2025 e 2026 permanecem inalteradas, além da meta de atingir um fluxo de caixa livre de US$ 10 bilhões dentro de dois anos.
Para atender seus atuais contratos, a empresa vai aumentar a taxa de produção do 737 MAX. A norte-americana pretende produzir cerca de 38 aeronaves até o fim do primeiro semestre deste ano, aumentando para cerca de 42 unidades em janeiro de 2024.
Em 2025, a fabricante espera atingir um ritmo de produção que seja capaz de entregar cinquenta aeronaves da família de corredor único MAX e e dez unidades do popular jato de dois corredores 787 Dreamliner, cuja a taxa média mensal de manufatura tem sido inferior a cinco unidades.