Foguete suborbital VS-30 será lançado no centro de lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte
Por Marcel Cardoso Publicado em 21/11/2024, às 08h12
A Força Aérea Brasileira anunciou na última quarta-feira (20), o lançamento de um foguete suborbital no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, no próximo dia 29 de novembro.
A ação faz parte da Operação Potiguar, iniciada no início da semana. O foguete cruzará a atmosfera terrestre e servirá como veículo de sondagem. A operação foi dividida em duas fases e busca ampliar a capacidade da FAB em lançamentos espaciais. Segundo a instituição, essa iniciativa contribuirá para aumentar a autonomia do Brasil no setor aeroespacial.
Atualmente, a maior parte das atividades envolvendo veículos orbitais e suborbitais ocorre no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, que já possui 85% de sua capacidade prevista para 2025 comprometida.
De acordo com o Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a primeira fase da operação faz parte de uma estratégia de ampliação da capacidade de lançamentos espaciais em apoio ao Programa Espacial Brasileiro (PEB).
Na fase inicial da operação, a FAB lançará o modelo de foguete de sondagem VS-30. Com oito metros de comprimento e quase uma tonelada de combustível sólido, o foguete será utilizado para o treinamento da equipe do centro de lançamento, além de testar equipamentos e processos envolvidos no lançamento. A operação também avaliará a funcionalidade dos sistemas de telemetria e resposta de radar durante o voo.
A segunda fase está programada para o segundo semestre de 2025. Durante esta etapa, será lançado um foguete semelhante ao inicial. O objetivo será qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecido como plataforma suborbital de microgravidade (PSM), que inclui um compartimento para experimentos e sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil.
Segundo a FAB, ao final da operação, o Brasil deverá conquistar maior autonomia em lançamentos de veículos suborbitais, sendo capaz de realizar experimentos, coletar dados e recuperar a carga útil enviada ao espaço.