Com 50 anos de história, os caças F-5 continuam a proteger o espaço aéreo brasileiro com mais de 300 mil horas de voo acumuladas
Por Gabriel Benevides Publicado em 07/03/2025, às 16h29
A Força Aérea Brasileira (FAB) comemorou no dia 6 de março, os 50 anos de recebimento das primeiras aeronaves de caça Northrop F-5 Tiger II.
O vínculo entre a FAB e o F-5 começou em 6 de março de 1975, quando três unidades do modelo F-5B decolaram de Palmdale, EUA, pousando na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1975, após percorrerem cerca de 6.200 milhas náuticas (9.977,93 km) em mais de 12 horas de voo.
Naquele ano, visando modernizar sua frota de aviões de combate, o Governo Federal adquiriu 42 caças F-5, sendo 36 da versão E (monoplace) e 6 do modelo B (biplace). Esses caças, com duas turbinas a jato e capacidade de ultrapassar a velocidade do som, ampliaram significativamente a capacidade de combate da FAB, especialmente com a introdução do reabastecimento em voo. O 1º Grupo de Aviação de Caça, sediado na Base Aérea de Santa Cruz, foi responsável por integrar esses novos vetores e desenvolver suas doutrinas operacionais.
Ao longo das décadas, os F-5 passaram por processos de modernização, mantendo-se relevantes no cenário internacional. Em 1988, os F-5B foram desativados, e em 2008, a FAB adquiriu um terceiro lote de 11 unidades da Real Força Aérea da Jordânia, concluindo o ciclo de modernização iniciado nos anos 2000. Atualmente, os F-5M, como são conhecidos após as atualizações, continuam a defender a soberania do espaço aéreo brasileiro, acumulando mais de 300 mil horas de voo.
O Brigadeiro do Ar Teomar Fonseca Quírico, presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Caça, destacou a importância histórica do F-5 na FAB, ressaltando como a aeronave revolucionou doutrinas e consolidou a FAB como uma força aérea de excelência.
“Há 50 anos, tive a honra de fazer parte da primeira esquadrilha de F-5, que decolou de Palmdale rumo ao Brasil, marcando um novo capítulo na história da Força Aérea Brasileira. Com orgulho, vimos o “Tigre” revolucionar nossas doutrinas e consolidar a FAB como uma Força Aérea de excelência. Hoje, celebramos não apenas o passado, mas a contínua evolução da nossa Aviação de Caça. Senta a Púa! Brasil!", disse o Oficial-General.