Um exercício militar feito por navios chineses fez com que cerca de cinquenta voos fossem desviados na costa da Austrália
Por Marcel Cardoso Publicado em 25/02/2025, às 09h16
Na última sexta-feira (21), um piloto da Virgin Australia foi o primeiro a relatar um risco no espaço aéreo devido a um exercício de fogo real conduzido pela marinha chinesa na costa de Sydney.
A comunicação do piloto resultou em uma série de desvios preventivos de voos operando nas rotas aéreas Trans-Tasmânicas. A agência governamental Airservices Australia informou que a situação ocorreu devido aos exercícios militares chineses no Mar da Tasmânia. Como resultado, 49 voos foram desviados, com outras mudanças ocorridas ao longo do fim de semana.
O exercício militar chinês aconteceu em águas internacionais, uma área utilizada por rotas aéreas comerciais importantes entre a Austrália e a Nova Zelândia. A presença de navios da Frota do Sul da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy) no Mar da Tasmânia desencadeou o alerta. Embora não tenha sido anunciada previamente, a operação dos navios ocorreu legalmente em águas internacionais, a cerca de 400 milhas náuticas (740 km) da costa de Sydney.
A Chinese Navy vessel fired missiles, 630 km off Sydney's coast diverting 49 Australian flights.
— 𝗡𝗢𝗜𝗦𝗘 𝗔𝗟𝗘𝗥𝗧𝗦 (@NoiseAlerts) February 25, 2025
Where was the Australian Navy? 😂#China #Sydney #Australia pic.twitter.com/2PzBGPUtXU
O incidente teve início quando o piloto da Virgin Australia interceptou avisos de emergência transmitidos por um navio de guerra chinês. Reconhecendo o risco para aeronaves civis, o piloto repassou a informação para a Airservices Australia. Esse alerta possibilitou uma resposta rápida da agência, que emitiu alertas de perigo para as aeronaves na área afetada, garantindo que os pilotos estivessem cientes do risco.
O Comando Conjunto de Operações de Defesa da Austrália foi informado da situação, que atuou em conjunto com as autoridades competentes para gerenciar a situação. O governo australiano expressou preocupação sobre a falta de aviso prévio por parte da China sobre os exercícios militares.
Embora reconheça o direito de países realizarem atividades militares em águas internacionais, o governo enfatizou a importância de um aviso adequado para a segurança das aeronaves civis. A Austrália está buscando mais esclarecimentos da China sobre a temporalidade da notificação.