Agência reguladora de aviação dos Estados Unidos propõe nova inspeção nos motores do A220 e E2
Por Wesley Lichmann Publicado em 10/01/2024, às 16h00
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), propôs ontem (9), inspeções nos motores Pratt & Whitney que equipam os Airbus A220 e Embraer E2.
E documento regulatório, a FAA diz que adotará uma nova diretriz de aeronavegabilidade (AD), para a série de motores PW1500 e PW1900, que equipam respectivamente os aviões de fuselagem estreita da família A220 e E2.
"A FAA considera esta DA uma ação provisória. Esta condição insegura ainda está sob investigação pelo fabricante e, dependendo dos resultados dessa investigação, a FAA pode considerar novas medidas regulamentares", diz a agência dos Estados Unidos.
A medida para estas aeronaves segue o escopo das análises referentes a uma rara contaminação do pó metálico utilizado na produção de determinadas peças e componentes, indentificada anteriormente no PW1100G que impulsiona o A320neo.
O defeito revelado em julho passado, pode afetar o funcionamento dos motores produzidos entre 2015 até o início de 2021. Os reguladores norte-americanos exigirão agora inspeções ultrassônicas para verificar se há rachaduras em certos estágios da turbina de alta pressão (HPT) e no compressor de alta pressão (HPC).
A RTX, proprietária da Pratt & Whitney, disse no último mês de outubro, que o problema de contaminação nos motores de nova geração Gear Turbo Fan (GTF) terá impacto mínimo na frota mundial de Airbus A220 e Embraer E2.
A FAA estima que 430 motores estão instalados em aviões com matrícula norte-americana. A decisão impactará a frota de Airbus A220, operada pela Delta Air Lines, jetBlue e Breeze Airways.
Única operadora do E195-E2 no Brasil, a Azul "informa que as Diretrizes de Aeronavegabilidade (AD) propostas pela Federal Aviation Administration (FAA) são procedimentos regulares entre a autoridade, fabricantes e operadores aéreos. Portanto, as revisões propostas serão incorporadas no planejamento programado de manutenção das aeronaves e não devem trazer impactos operacionais para a companhia."
Já o E190-E2 de propriedade da Crefisa já está em processo de manunteção nos Estados Unidos. O avião voltará a ser utilizado pelo Palmeiras tão logo as inspeções e reparos necessários sejam concluídos.