EUA impôs novas restrições a aviões da Embraer

Restrições dos EUA ocorreram após rachaduras terem sido encontradas na estrutura dos aviões da família E-Jet da Embraer

Por Marcel Cardoso Publicado em 21/12/2022, às 08h10

Embraer E170 - Divulgação

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) impôs restrições mais duras a alguns aviões da família E170, da Embraer.

A decisão foi publicada em uma Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) que foi publicada na segunda-feira (19) e afeta várias variantes, incluindo o E170-100 LR, -100 STD, -100 SE e -100 SU, além do E170-200 LR, -200 SU e os modelos 200 STD e -200 LL.

O documento é mais rígido que o último, de 2019, que alertou que “rachaduras podem resultar na redução da integridade estrutural do avião e prevenir falhas latentes significativas de segurança; tais falhas, em combinação com uma ou mais outras falhas ou eventos especificados, podem resultar em uma condição de falha perigosa ou catastrófica de aviônicos, sistemas hidráulicos, sistemas de detecção de incêndio, sistemas de combustível ou outros sistemas críticos”. 

Também na ocasião, o órgão adicionou que “potenciais fontes de ignição no interior dos tanques de combustível causadas por falhas latentes, alterações, reparos ou ações de manutenção; tais falhas, em combinação com vapores de combustível inflamáveis, podem resultar em explosões de tanques de combustível e consequente perda do avião”. 

Agora, as  companhias aéreas serão obrigadas a revisar os programas de manutenção ou inspeção em um prazo de 90 dias ou 600 ciclos de voo de seus E170 após 10 de fevereiro de 2020, o que vier por último. 

A FAA informou “que novas ou mais restritivas limitações de aeronavegabilidade são necessárias” e que parte ou todos os custos desta AD poderão ser arcados pela garantia, o que poderá reduzir o impacto financeiro às companhias aéreas operadoras dos aviões que são alvo da medida. 

A Diretriz de Aeronavegabilidade entrará em vigor em 23 de janeiro.

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