Novo míssil promete ser uma resposta as armas hipersônicas da Rússia e China
Por André Magalhães Publicado em 20/12/2021, às 10h50 - Atualizado às 10h58
Míssil foi instalado no cabine de arma externo do bombardeiro pesado B-52 | Foto: Usaf / Christopher Okula
A força aérea dos Estados Unidos (Usaf) falhou ao testar o protótipo de míssil hipersônico AGM-183A, que promete ser uma reposta as ameaças similares da Rússia e China.
Chamado de Arma de Resposta Rápida Lançada Aérea (Arrw, na sigla em inglês), o projeto da Lockheed Martin apresentou a terceira falha nos testes. O mais recente ensaio ocorreu no último dia 15 de dezembro.
"A sequência de lançamento foi abortada antes do lançamento com um problema desconhecido. O míssil retornará à fábrica e a análise da telemetria e dos dados de bordo começará imediatamente. O programa buscará retomar o teste de voo o mais rápido possível”, relatou Heath Collins, oficial general e executivo do programa de armas da força aérea, ao site war zone.
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O míssil foi montado no cabine de armas, sob a asa do B-52H, mas não pode ser disparado. Uma falha foi identificada momentos antes do lançamento, obrigando a suspensão do teste.
A primeira tentativa em testar o protótipo aconteceu em abril deste ano, o experimento foi considerado um sucesso parcial pela Usaf.
O objetivo deste experimento é verificar a capacidade propulsor do míssil hipersônico, que é sua principal característica. Em um cenário onde armas supersônicas estão sendo cada vez mais discutidas, inclusive pela Rússia e China, os Estados Unidos também segue por este caminho.
Após lançado, o foguete propulsor transporta o míssil até um altitude determinada e lança o AGM-183A velocidade hipersônica de Mach 5 (aproximadamente 6.170 km/h). Com alta capacidade de manobras busca, o míssil atinge seu alvo com precisão e em um curto período de tempo.