Etihad Airways terá no 787 e no A350 seus principais aviões de longo curso

Empresa aposentará todos os seus Boeing 777-300ER e também planeja retirar de operação o A380

Por Gabriel Benevides Publicado em 26/04/2021, às 18h00 - Atualizado em 04/05/2021, às 12h32

 

Boeing 787 deverá ser o principal avião da frota de longo curso da Etihad Airways

 A Etihad Airways, com sede nos Emirados Árabes Unidos, anunciou que vai se desfazer de toda sua frota de Boeing 777-300ER, modelo que por vários anos formou a espinha dorsal da frota de longo curso.

O processo deverá ocorrer até o final de 2021, com o modelo sendo substituído pelos novos Boeing 787 e Airbus A350-1000.

Segundo declaração do CEO da companhia, Tony Douglas, durante o evento World Aviation Festival, o A380, também deverá ser retirado de serviço aós seu custo operacional se tornar proibitivo com o resultado da redução do tráfego aéreo nos últimos doze meses.

“Você verá em nós um modelo operacional muito focado e disciplinado, fortemente construído em torno da frota do 787 Dreamliner e do A350-1000”.

Os dezenove 777-300ER da Etihad são relativamente novos, com unidades fabricadas entre os anos 2006 e 2014, com idade média de 10 anos. No setor aéreo a média de idade é quase o dobro, permanecendo aptos a realizar voos regulares por ao menos mais duas décadas.

A perspectiva é que a frota seja composta já em 2022 por trinta Boeing 787-9, nove 787-10 e outros vinte Airbus A350-1000, que serão os maiores bimotores em serviço na companhia árabe.

Em meados do ano passado, a Etihad já havia retirado de serviço todos os seus A330, tornando a frota de longo curso mais enxuta e adequada as previsões de mercado dos próximos anos. Além disso, significa menores custos operacionais para a manutenção e treinamento da tripulação, necessidade que se acentuou após a crise recente vivenciado pelo transporte aéreo em todo o mundo.

A Etihad planeja obter resultados positivos para o ano fiscal de 2023, retomando o crescimento já no médio prazo.

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Com a crise gerada pela pandemia, diversas empresas aéreas passaram a aposentar suas aeronaves de longo curso, especialmente as de maior alcance e capacidade. Os principais modelos retirados de serviço foram os quadrimotores 747-400 e A340, mas com um crescente número de modelo bimotores de última geração também sedo desativados.

Recentemente, a Latam Brasil anunciou o fim dos serviços dos seus Airbus A350 alegando custos elevados e problemas relacionados a questão cambial. A forte redução na demanda acelerou o processo que já era previsto para ocorrer antes mesmo da pandemia.

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