Parceria entre a Gol e outras empresas vão definir detalhes sobre a operação das aeronaves elétricas
Por Marcel Cardoso Publicado em 03/06/2022, às 08h35
Uma parceria entre cinco empresas, incluindo a Gol Linhas Aéreas e a Avolon, vai explorar os requisitos de infraestrutura para viabilizar a operação de aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical no Brasil.
O projeto planeja explorar e definir o design e as localizações de vertiports, aeroportos destinados aos eVtol, bem como outros requisitos de infraestrutura para as operações no Brasil.
Caso consiga desenvolver o conceito de Mobilidade Aérea Urbana (UAM), baseado em serviços de helicópteros, ecossistema avançado de aviação e dados demográficos exclusivos, o Brasil deve se tornar um dos mercados pioneiros para serviços de eVtols.
A parceria se beneficiará da equipe especial da Corporación América Airports dedicada à pesquisa e desenvolvimento do segmento de Mobilidade Aérea Avançada (AAM, na sigla em inglês) e sua experiência de duas décadas em projeto, construção e operação de aeroportos, bem como gerenciamento de tráfego de passageiros. A Corporación América Airports já desenvolveu seu próprio projeto conceitual de vertiport e avançou na análise de tráfego AAM em vários países.
O Brasil conta com algumas das cidades mais congestionadas do mundo e a introdução do eVtol, como o VX4, da Vertical Aerospace, poderá transformar modo como as pessoas se deslocam sobre a paisagem urbana. O VX4 promete viagens de curta distância com emissões zero.
Em setembro de 2021, a Gol assinou um protocolo de intenções não-vinculante com a Avolon para a aquisição e/ou arrendamento de 250 aeronaves VA-X4. Esse compromisso levou a empresa a lançar e liderar um grupo de trabalho com o objetivo de comercializar aeronaves eVtol no Brasil.
"Ao nosso alcance, temos em mãos uma oportunidade única de unir os esforços de todas as partes envolvidas para criar um ecossistema operacional sustentável e seguro para os eVtol , com emissão zero de carbono, tanto no Brasil quanto fora dele. A Gol está empenhada em incluir novas e providenciais alternativas de conectividade com este novo modal aéreo, baseado em sua já extensa malha aérea”, disse Paulo Kakinoff, presidente da Gol.