Suspensão dos voos coloca em risco sobrevivência da empresa e até mesmo de Dubai
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 31/03/2020, às 16h00 - Atualizado às 17h33
Emirates praticamente suspendeu a totalidade de suas operações e busca solução para a crise gerada pelo COVID-19
A suspenção da maior parte dos voos comerciais no mundo levou a mais profunda crise vista no setor aéreo. A Emirates Airline poderá receber um aporte do governo de Dubai, segundo publicou no Twitter o Sheik Hamdan bin Mohammed.
O objetivo é manter as obrigações da empresa em dia após a paralisação quase completa de suas operações. A Emirates possui uma das maiores malhas internacionais do mundo, tendo na frota apenas o Airbus A380 e o Boeing 777, ampliando assim sua dependência de voos de longo curso, justamente os mais afetados pela pandemia do COVID-19.
“Hoje, renovamos nosso compromisso de apoiar uma história de sucesso iniciada em meados da década de 1980 para atingir seu objetivo de estar no trono da aviação global. O governo de Dubai está comprometido em apoiar totalmente a Emirates neste momento crítico e injetar capital na empresa”, afirmou Hamdan Mohammed, em sua conta no Twitter.
A Emirates é considerada um ativo estratégico para a economia de Dubai, visto que a companhia é responsável por conectar grande parte do mundo através de seu hub no país. O aeroporto de Dubai é a principal porta de entrada de turistas e negócios do emirado, dependendo massivamente das operações da Emirates.
Com mais de 100.000 funcionários, sendo mais de 4.000 pilotos e 21.000 comissários, a Emirates anunciou um completo plano de redução dos custos enquanto estiver com suas operações suspensas. Uma das medidas mais drásticas foi a redução dos salários dos funcionários entre 25% e 50% nos próximos três meses, enquanto os presidentes da Emirates, Tim Clark (que deixará a companhia em junho) e Gary Chapman terão corte de 100% em seus vencimentos base no mesmo período.