Embraer apresenta características do E2 para a Lufthansa e LOT; brasileira projeta venda para clientes europeus
Por Wesley Lichmann Publicado em 27/03/2023, às 18h43
A Embraer quer vender os jatos da família E2 para as companhias aéreas Lufthansa e LOT. Na última semana, a empresa promoveu em São José dos Campos, São Paulo, um Media Day com jornalistas europeus.
Durante o evento, a Embraer promoveu os jatos E190-E2 e E195-E2 como substitutos não só dos atuais E-jets, mas como de outras aeronaves regionais e de corredor estreito.
O Grupo Lufthansa opera atualmente uma frota de 197 aeronaves de fuselagem estreita, que precisam ser substituídas, incluindo 28 CRJ900, dezesseis E190, 34 E195 e 119 jatos Airbus A319, com idade média próxima a vinte anos.
Segundo demonstração da Embraer, compartilhada pelo jornalista Andreas Spaeth, uma pontencial encomenda simplificada poderia incluir a venda de até 210 aeronaves E2, sendo 170 E195-E2 e quarenta E190-E2.
Os novos jatos seriam utilizados na modernização e ampliação da frota do grupo alemão até o final desta década.
Os E2 aumentariam em 11% a capacidade e reduziriam em 16% as emissões de CO2 do Grupo Lufthansa, que controla as companhias aéreas Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings e Air Domiliti.
A aquisição de novas aeronaves também considera o ambicioso plano da Lufthansa para a City Airlines, que pretende concorrer com as companhia aéreas de baixo custo. Segundo Carsten Spohr, CEO do Grupo Lufthansa, a nova transportadora terá uma frota de três digítos.
Ainda de acordo com o executivo, a empresa quer diversificar sua frota e não se tornar excessivamente dependente da Airbus e Boeing.
Já a companhia aérea de bandeira polonesa LOT Polish Airlines opera uma frota de 41 E-jets de primeira geração, sendo seis E170, 12 E175, oito E190 e 15 E195. Alguns jatos da empresa polonesa estão próximos de completar dezenove anos.
A projeção da Embraer considera que a LOT poderia adquirir cerca de cinquenta novos E-jets, levando em conta não só a modernização da frota, mas também a expansão de sua rede.
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