Embraer fecha fábrica de aviões não tripulados

Harpia Sistemas se torna vítima da crise econômica no Brasil

Redação Publicado em 08/01/2016, às 12h00 - Atualizado às 12h54

A Embraer anunciou que encerrou as atividades da Harpia Sistemas, empresa criada em parceria com a AEL Sistemas e a Avibras para desenvolver aviões não tripulados (drones). Um dos motivos para o término da parceria e consequente fim do desenvolvimento de aeronaves não tripuladas se deve ao cenário econômico atual.

A Harpia Sistemas foi constituída visando desenvolver a plataforma Falcão para uso das Forças Armadas brasileiras e deveria ser capaz de realizar missões de reconhecimento, aquisição de alvos, apoio à direção de tiro, avaliação de danos, vigilância terrestre e marítima. O projeto estava alinhado com o END (Estratégia Nacional de Defesa), sendo reconhecido como prioritário pelo Ministério da Defesa.

Segundo comunicado, a Embraer afirma que empresas devem continuar a desenvolver novas tecnologias para o futuro, podendo inclusive voltar a atuar em conjunto em nova oportunidade.

“As empresas reconhecem que a preservação do conhecimento é fundamental para manter a capacidade tecnológica adquirida e, por isso, realocaram os profissionais da Harpia Sistemas em outros programas”, diz o texto.

A Embraer detinha 51% da empresa, enquanto a AEL Sistemas controlava 40% e a Avibras os 9% restantes. A Embraer manterá, contudo, sua participação de 25% no capital da AEL Sistemas, empresa subsidiaria da israelense Elbit Systems.

O desenvolvimento de plataformas não tripuladas é considerado estratégico pelos principais fabricantes e forças armadas do mundo, que acreditam que num futuro próximo esses veículos serão fundamentais no campo de batalha e em operações de busca e salvamento.

Além disso, a indústria também aposta no potencial de veículos remotamente pilotados na aviação civil.

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