Socorro emergencial permitirá empresa holandesa sobreviver a crise atual
Por Gabriel Benevides Publicado em 01/07/2020, às 13h30 - Atualizado às 15h04
Grupo Air France-KLM garante suporte público de US$ 11,7 bilhões, o que permitirá operação até meados de 2021
A KLM afirmou que garantiu um empréstimo do governo holandês de US$ 3,8 bilhões, como socorro no fluxo de caixa durante a turbulenta crise do coronavírus. O anúncio deverá permitir um alívio nas contas nos próximos meses, visto que a expectativa é de uma lenta retomada da demanda por viagens aéreas.
Recentemente a coirmã Air France também garantiu uma ajuda estatal, confirmada em abril, com um valor de US$ 7,9 bilhões. O aporte conjunto dos governos da Holanda e França devem tornar o grupo Air France-KLM menos suscetível ao cenário pouco previsível dos próximos meses e a uma eventual segunda onda de contaminação do novo coronavírus.
“Este pacote é necessário para garantir que a Air France e a KLM possam continuar cumprindo o importante papel que desempenham na economia da Holanda e da França”, afirmou Wopke Hoekstra, ministro das finanças da Holanda.
Segundo a empresa, com o resgate financeiro estão garantidas as operações até meados do próximo ano. O governo holandês mantém a disponibilidade de fundos adicionais, caso seja necessário. A KLM se comprometeu em cortar em 20% os salários dos seus funcionários, com o objetivo de reduzir em até 15% às suas despesas totais.
“O objetivo é manter o maior número possível de empregos, mas não podemos fechar os olhos para a realidade que a indústria da aviação e a KLM estão passando. Isso implicará em um longo e árduo caminho para uma recuperação”, disse Pieter Elbers, CEO da KLM.
Para receber o empréstimo a KLM adotará algumas metas impostas pelo governo holandês, incluindo como parte do plano de reestruturação o compromisso de ampliar o esforço na diminuição do impacto ambiental, reduzir em 20% a sua programação de voos noturnos a partir de Schiphol.
Os comprimissos seguem a cartilha quase compulsória das empresas aéreas europeias em reduzir a emissão de carbono em até 50% por passageiro até 2030.