Houve uma pequena melhora nos voos domésticos e internacionais em maio
Marcel Cardoso Publicado em 12/07/2021, às 06h20 - Atualizado às 09h10
Retomada do transporte aéreo demende de medidas mais rápidas efetivas por parte de governos em todo o mundo
A demanda de viagens domésticas e internacionais teve mais uma melhora em maio em comparação com o mês anterior, mas manteve o tráfego ainda bem abaixo dos níveis pré-crise.
Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), a demanda por viagens internacionais em maio ficou 85,1% abaixo do índice de maio de 2019, uma pequena melhoria em relação à queda de 87,2% registrada em abril no mesmo comparativo com 2019.
Todas as regiões, com exceção da Ásia-Pacífico, contribuíram a ligeira melhora. As novas variantes do coronavírus continuam avançando na região, em especial na Índia e Japão.
No restante do mundo a vacinação contra a covid-19 fez com que as companhias aéreas tivessem melhores perspectivas, como na América Latina que registraram melhora de quase seis pontos percentuais na demanda de maio em comparação a abril, com a maior taxa de ocupação no mundo pelo oitavo mês consecutivo.
"Começamos a ver resultados positivos com a abertura de alguns mercados internacionais para viajantes vacinados. (...) Mas é decepcionante ver que vários governos não agem de forma mais rápida no uso de dados para adotar estratégias de abertura de fronteira que ajudariam a retomar os empregos no turismo e reunir famílias", disse Willie Walsh, diretor geral da Iata.
O fechamento de fronteiras continua sendo o maior entrave global para a retomada do transporte aéreo, ainda que em alguns países o avanço de novas variantes do coronavírus exija medidas de contenção mais severas, a Iata destaca a importância de serem criadas medidas mais efetivas no combate a doença e retorno das atividades normais.
“Muitos governos continuam agindo como se a única ferramenta contra a COVID-19 fosse o fechamento de sua fronteira ou a quarentena ao chegar ao país. Pesquisas realizadas pelas principais organizações de saúde do mundo confirmam que os viajantes vacinados representam risco muito baixo para a população local”, destacou Walsh.