Controle de doenças e pragas em voos internacionais está prejudicado

Em três aeroportos do Nordeste, não há fiscalização de bagagens nos voos internacionais por falta de auditores agropecuários

Por Marcel Cardoso Publicado em 07/06/2023, às 15h55 - Atualizado em 12/06/2023, às 08h45

Aeroporto internacional de Maceió - Aena Brasil/Divulgação

O Sindicato Nacional de Auditores Federais Agropecuários fez um alerta para a falta de auditores para fiscalizar as bagagens de passageiros nos aeroportos internacionais, sob o risco da entrada de doenças graves no país.

A situação é mais grave nos aeroportos de Maceió (MCZ) e Natal (NAT), que recebem dois voos semanais de Lisboa (LIS), pelo Airbus A321-200NX da TAP Air Portugal, além do terminal localizado na capital do Sergipe, Aracaju (AJU), que apenas atende voos domésticos. Não há fiscalização nestes locais, por falta de profissionais.

Caso não haja a devida fiscalização, um exemplo de doença com risco de chegar ao país é a peste suína africana, que pode permanecer por meses em alimentos. Embora não seja transmitida a humanos, a doença compromete a cadeia produtiva e, em larga escala, a economia.

O sindicato afirma que a capacidade de atuação dos auditores em outros aeroportos está reduzida e pode piorar, se nenhuma medida for tomada a curto e médio prazos. “A situação é grave e temos alertado isso às autoridades. Precisamos urgentemente que o Estado entenda a necessidade de valorização e investimentos para a defesa agropecuária”, disse Janus Pablo, presidente da entidade.

Procurado por AERO Magazine, o Ministério da Agricultura e Pecuária não havia se posicionado sobre o assunto até a manhã desta segunda-feira (12).

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