EUA podem ter tido acesso a sistemas dos caças Su-34 e Su-35 russos abatidos na Ucrânia
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 12/05/2022, às 10h45
Os Estados Unidos e o Reino Unido tiveram acesso a importantes recursos eletrônicos do Sukhoi Su-35, um dos mais avançados aviões de caça da Rússia. Entre os componentes está a mira de longo alcance, que foi recuperado quase intacto dos destroços do caça abatido pelas forças ucranianas.
Um dos maiores interesses das agências de inteligência dos Estados Unidos é o IRST OLS-35, o sistema infravermelho e busca e rastreio de alvos. A intenção é comprovar as reais capacidades do dispositivo, assim como eventuais deficiências.
Além disso, os militares podem ter recebido ainda o radar de missão e sistemas de guerra eletrônica do Su-35. Mesmo sem confirmação oficial, por razões de segurança e inteligência, é provável que os destroços tenham sido enviados para o Defence Science and Technology Laboratory, em Porton Down, no Reino Unido, e para o Air Force Research Laboratory, nos Estados Unidos.
Mesmo que a maior parte dos componentes tenha sido danificados com a queda do caça, os detalhes gerais podem fornecer importantes dados para os sistemas de inteligência, que podem comprovar as capacidades reais do avião.
As agências de inteligência ocidentais também podem ter obtido componentes importantes nos destroços dos Su-34 abatidos próximos de Kiev, nos primeiros dias da guerra, ampliando o acesso aos detalhes técnicos dos sistemas mais avançados dos novos caças russos.
Durante uma missão, em 1999, um F-117 Nighthawk, o famoso avião invisível dos Estados Unidos, foi abatido sobre a Iugoslávia. Parte de seus componentes e destroços foram vendidos para os russos e chineses, que tiveram acesso a detalhes ultrassecretos do avançado caça.