Compartilhamento de aeronaves se consolida na aviação executiva

Crescimento do setor foi de mais de 25% nos primeiros meses de 2021

Marcel Cardoso Publicado em 04/09/2021, às 10h00 - Atualizado em 14/09/2021, às 11h27

Setor é muito procurado por quem precisa se deslocar com rapidez em viagens de negócios

O compartilhamento de aeronaves está se consolidando como uma opção que cresce continuamente no mercado da aviação executiva no Brasil e no exterior. A modalidade consiste na possibilidade de ter um avião ou um helicóptero em conjunto com demais pessoas. 

Cada cotista pode voar um determinado número de horas com garantia de 100% de disponibilidade e acesso a toda frota. Com a partir de 5% do investimento necessário para se adquirir uma aeronave, já é possível ter uma cota em um helicóptero, com direito a voar cinco horas por mês ou 60 horas por ano.

Nos jatos, são até seis frações, onde o cotista tem a disposição dez horas de voos por mês ou 120 horas por ano. Há também a demanda híbrida, atendida com os 'combos', que juntam frações de helicópteros e aviões. Comprando 5% de um helicóptero e 1/6 de um jato, é possível voar 15 horas por mês ou 180 horas por ano na combinação que o cotista desejar.

"Além do aumento dos voos para as regiões da América Central e Estados Unidos, houve também maior procura para deslocamentos domésticos. Parte desse aumento se explica pela quantidade de novos usuários que compraram cotas no período - nesse primeiro semestre de 2021 fizemos mais negócios que durante todo o ano de 2020", diz Rogério Andrade, CEO da Avantto.


Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), de janeiro a maio deste ano, foram 134,6 mil voos em aeronaves executivas, 27,3% a mais que no mesmo período de 2020 e praticamente o mesmo número registrado em 2019, mostrando que o setor se mantém aquecido e pretende crescer ainda mais diante da retomada da economia mundial.

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