Companhias aéreas russas terão que devolver aeronaves em operação no país

Contratos de arrendamento serão rompidos, após União Europeia aplicar sanções à Russia

Marcel Cardoso Publicado em 28/02/2022, às 05h55

O impacto negativo para os cofres das empresas de arrendamento pode chegar a US$ 100 milhões/mês - Divulgação

Como mais uma consequência da invasão russa à Ucrânia, empresas de arrendamento de aviões da Irlanda vão romper contratos com companhias aéreas da Rússia após a União Europeia ter aplicado sanções contra o país, no domingo (27).

Nos próximos 30 dias, uma extensa força-tarefa será feita para retirar as aeronaves do solo russo. Apenas a AerCap estima que 5% da sua frota está no país, com valor estimado em US$ 2,4 bilhões (R$ 12,4 bilhões). Segundo a agência de notícias russa RBU, um Boeing 737 da Pobeda Airlines, subsidiária low-cost da Aeroflot, foi impedido de deixar Istambul (IST), na Turquia, já por conta das restrições contratuais.

Dos quase mil aviões em operação na Rússia, cerca de 780 são arrendados, dos quais mais de 500 são de empresas de arrendamento estrangeiras. A maioria pertence à AerCap que, assim como seus concorrentes do setor, vai ter que calcular os impactos financeiros das sanções. Serão cerca de US$ 100 milhões mensais a menos entrando nos caixas.

Países da Europa Ocidental já haviam começado a fechar seus espaços aéreos a aviões registrados na Rússia desde a última quinta-feira (24). Três dias depois, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que todos os integrantes do bloco concordaram em seguir o exemplo adotado desde o início dos confrontos.

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