Crise pode pressionar reformulação dos quadros da Swiss International Air Lines
Por Gabriel Benevides Publicado em 29/03/2021, às 19h10 - Atualizado em 30/03/2021, às 12h19
Fechamento de fronteiras na Europa impactou severamente nas operações da Swiss
Com as pressões geradas pela falta de viagens nos últimos meses, a Swiss analisa novas maneiras de enxugar seus gastos e manter sua viabilidade financeira no médio prazo. A empresa, que pertence ao grupo alemão Lufthansa, foi uma das mais impactadas pela crise recente.
A perspectiva de um menor número de viagens de negócios no pós-pandemia é a principal razão para as incertezas futuras da companhia aérea suíça. O mercado acredita que ao menos nos próximos meses as empresas devem priorizar mais as videoconferências, em detrimento de encontros pessoais, por conta de custos e incertezas.
Para a próxima temporada de verão no Hemisfério Norte, a Swiss espera que a demanda por viagens seja apenas 65% da existente na pré-pandemia. Além disso, ainda não existe certeza em relação a reabertura completa de fronteiras na Europa, o principal mercado da empresa.
Em entrevista ao jornal SonntagsBlick, Dieter Vranckx, CEO da Swiss, afirmou que pode demitir mais funcionários no segundo trimestre deste ano. Nos últimos dois anos a companhia cortou mais de mil trabalhadores, sendo quinhentos apenas no auge da crise em 2020.
Atualmente a Swiss conta com nove mil empregados, número considerado elevado dentro do cenário atual e previsto para os próximos anos. Segundo Vranckx, o novo corte está em análise e o martelo será batido até o final de junho.