Comércio eletrônico impulsiona interesse pelo Boeing 767

Fabricante deverá ampliar taxa de produção do modelo que atingirá 3 aeronaves ao mês

Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação Publicado em 19/08/2019, às 13h00 - Atualizado às 14h33

A gigante do comércio eletrônico Amazon possui uma frota dedicada de 767F, operada pela Atlas Air.

A elevada demanda por entregas expressas, a maior parte originada em sites de compras, está levando a Boeing a ampliar a produção do 767F, a versão cargueira do veterano bimotor. A cadencia atual, de 2,5 aeronaves por mês, será levada para três aeronaves nos próximos meses.

O objetivo é atender ao apetite das principais operadoras globais de encomendas expressas, assim como da Amazon, que possui uma frota dedicada que inclui diversos 767. O avião, lançado no final da década de 1970, se tornou um sucesso de vendas até meados dos anos 2000, quando a Boeing optou por substitui-lo pela família 787 Dreamliner. Na ocasião o objetivo era fazer frente ao sucesso do dueto A330/A340 da Airbus, que ampliava as vendas no segmento de aeronaves de fuselagem larga e média capacidade.

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Com o início das entregas do 787, a Boeing paralisou a produção do 767 destinado ao transporte de passageiros, concentrando a produção apenas no modelo cargueiro. Atualmente o 767-300F tem atraído operadores que buscam uma aeronave de média capacidade, com alcance intercontinental. Contudo, a maior parte dos operadores utilizam o modelo em voos domésticos nos Estados Unidos, ainda o maior mercado mundial para encomendas expressas.

Diversos 767 destinados ao transporte de passageiros foram convertidos como cargueiros, em especial as versões 767-200. A expectativa do mercado é que a demanda pelo modelo, em especial aeronaves novas, se mantenha aquecido nos próximos anos.

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